As manifestações em Cuba

No último dia 11 de julho, cerca de 400 cubanos foram às ruas na localidade de San Antonio de los Baños, na província de Artemisa, próxima da capital Havana. Os protestos se espalharam por outras 12 cidades e mobilizaram cerca de 2000 pessoas. A marcha foi a maior dos últimos 27 anos, quando Cuba ainda… Continuar lendo As manifestações em Cuba

Privatização da Eletrobras

Enquanto todos os olhares estavam voltados para a CPI da Covid-19, outra movimentação determinante ocorria no Senado. No último dia 17 de junho, por 42 votos favoráveis e 37 contrários, o Senado aprovou a Medida Provisória MP 1.031 que abre portas para a privatização da Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras. Trata-se de empresa idealizada em… Continuar lendo Privatização da Eletrobras

Desemprego: Atividade essencial

O IBGE divulgou na última semana dois dados aparentemente contraditórios, mas que dizem muito sobre as tendências recentes do capitalismo brasileiro. Primeiro, veio a estatística oficial de desemprego, que aumentou em 2 milhões no último ano, já totalizando quase 15 milhões de pessoas. Dias depois, veio a público a sagrada estatística do PIB, que cresceu 1% na comparação com o mesmo período do ano passado, assinalando a retomada da normalidade para a acumulação do capital no país.

Greve dos Rodoviários

Embora o número total de greves tenha caído desde o início da pandemia no ano passado, a categoria dos rodoviários, sendo serviço essencial, tem representado uma exceção. A queda de receitas das empresas rodoviárias teve como consequência em muitos casos o atraso do pagamento dos trabalhadores, o que tem gerado greves reivindicando os vencimentos em atraso, pauta quase sempre atrelada à demanda por maior segurança sanitária devido à frequente exposição ao contágio da Covid-19 que sofre esta categoria.

Conjuntura Brasileira

O aprofundamento do abismo social é a faceta mais evidente que emerge da dinâmica da crise capitalista global no Brasil. O país atualmente conta com quase 38 milhões de subocupados (em torno de 15 milhões de desempregados; e quase 6 milhões de pessoas que deixaram de procurar emprego diante do desanimo acumulado após anos sem colocação no mercado de trabalho). Mesmo para os que permanecem ocupados, ampliam-se os empregos de baixa remuneração, desprotegidos de qualquer legislação trabalhista e social, onde a população brasileira empobrece à olhos vistos.

Crítica à esquerda pós-moderna

A pós-modernidade se apresenta como uma teoria crítica. No entanto, como não apresenta alternativa concreta de futuro para as lutas econômico-políticas para além do capital, resulta socialmente numa crítica regressiva, pois articula narrativas e discursos fragmentados que, de forma platônica, chegam a apresentar-se como radicais, mas ao fim e ao cabo estão irremediavelmente acoplados a uma construção teórica contrarrevolucionária. Isso tem, via de regra, confundido as forças de esquerda, tornando-as incapazes de apresentar saídas para a construção da efetiva emancipação da classe trabalhadora.

O Partido Necessário

A atualidade histórica da revolução proletária – eis o padrão de medida para todas as tomadas de decisão sobre as nossas tarefas mais imediatas. Colocar a revolução na ordem do dia significa prepará-la desde hoje; significa que as tarefas do presente – a busca ativa de mobilização, organização e politização da classe trabalhadora – tornam-se um problema fundamental da revolução. As tendências e contradições que possibilitam a sua realização futura já se encontram incrustadas no momento presente; cabe a nós identifica-las, desenvolvê-las, fazê-las explodir. Tal como um refluxo da maré está apenas a preparar o próximo avanço, que atuemos decididamente desde já para tornar a nova ascensão da luta de classes o momento decisivo para a grande contraofensiva revolucionária do proletariado.

A Crise Capitalista

A pandemia de Covid-19 acentuou um sintoma predominante em parte significativa da intelectualidade brasileira de esquerda: a ausência de uma análise dos movimentos de acumulação global de capital. Muitas pessoas assumiram a versão burguesa de que estamos vivendo uma “crise econômica provocada pelo novo coronavírus”, o que não é verdade caso se observe com atenção os ciclos do sistema capitalista.