Privatização da Eletrobras

Enquanto todos os olhares estavam voltados para a CPI da Covid-19, outra movimentação determinante ocorria no Senado. No último dia 17 de junho, por 42 votos favoráveis e 37 contrários, o Senado aprovou a Medida Provisória MP 1.031 que abre portas para a privatização da Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras. Trata-se de empresa idealizada em… Continuar lendo Privatização da Eletrobras

Desemprego: Atividade essencial

O IBGE divulgou na última semana dois dados aparentemente contraditórios, mas que dizem muito sobre as tendências recentes do capitalismo brasileiro. Primeiro, veio a estatística oficial de desemprego, que aumentou em 2 milhões no último ano, já totalizando quase 15 milhões de pessoas. Dias depois, veio a público a sagrada estatística do PIB, que cresceu 1% na comparação com o mesmo período do ano passado, assinalando a retomada da normalidade para a acumulação do capital no país.

Greve dos Rodoviários

Embora o número total de greves tenha caído desde o início da pandemia no ano passado, a categoria dos rodoviários, sendo serviço essencial, tem representado uma exceção. A queda de receitas das empresas rodoviárias teve como consequência em muitos casos o atraso do pagamento dos trabalhadores, o que tem gerado greves reivindicando os vencimentos em atraso, pauta quase sempre atrelada à demanda por maior segurança sanitária devido à frequente exposição ao contágio da Covid-19 que sofre esta categoria.

Conjuntura Brasileira

O aprofundamento do abismo social é a faceta mais evidente que emerge da dinâmica da crise capitalista global no Brasil. O país atualmente conta com quase 38 milhões de subocupados (em torno de 15 milhões de desempregados; e quase 6 milhões de pessoas que deixaram de procurar emprego diante do desanimo acumulado após anos sem colocação no mercado de trabalho). Mesmo para os que permanecem ocupados, ampliam-se os empregos de baixa remuneração, desprotegidos de qualquer legislação trabalhista e social, onde a população brasileira empobrece à olhos vistos.

Crítica à esquerda pós-moderna

A pós-modernidade se apresenta como uma teoria crítica. No entanto, como não apresenta alternativa concreta de futuro para as lutas econômico-políticas para além do capital, resulta socialmente numa crítica regressiva, pois articula narrativas e discursos fragmentados que, de forma platônica, chegam a apresentar-se como radicais, mas ao fim e ao cabo estão irremediavelmente acoplados a uma construção teórica contrarrevolucionária. Isso tem, via de regra, confundido as forças de esquerda, tornando-as incapazes de apresentar saídas para a construção da efetiva emancipação da classe trabalhadora.

O Partido Necessário

A atualidade histórica da revolução proletária – eis o padrão de medida para todas as tomadas de decisão sobre as nossas tarefas mais imediatas. Colocar a revolução na ordem do dia significa prepará-la desde hoje; significa que as tarefas do presente – a busca ativa de mobilização, organização e politização da classe trabalhadora – tornam-se um problema fundamental da revolução. As tendências e contradições que possibilitam a sua realização futura já se encontram incrustadas no momento presente; cabe a nós identifica-las, desenvolvê-las, fazê-las explodir. Tal como um refluxo da maré está apenas a preparar o próximo avanço, que atuemos decididamente desde já para tornar a nova ascensão da luta de classes o momento decisivo para a grande contraofensiva revolucionária do proletariado.

A Crise Capitalista

A pandemia de Covid-19 acentuou um sintoma predominante em parte significativa da intelectualidade brasileira de esquerda: a ausência de uma análise dos movimentos de acumulação global de capital. Muitas pessoas assumiram a versão burguesa de que estamos vivendo uma “crise econômica provocada pelo novo coronavírus”, o que não é verdade caso se observe com atenção os ciclos do sistema capitalista.