As lutas de classes no Chile: as armadilhas do constitucionalismo antineoliberal

As recentes eleições chilenas à constituinte, ocorridas na esteira da irrupção popular do povo chileno, têm sido celebradas como a derrocada do neoliberalismo e das direitas naquele país. Partidos tradicionais, sejam os velhos gestores de esquerda da Concertación ou de direita, conforme noticiam todos analistas e jornais possíveis, foram duramente castigados. Junto disso, êxitos retratados… Continuar lendo As lutas de classes no Chile: as armadilhas do constitucionalismo antineoliberal

As lutas de classes no Brasil: A tática dos revolucionários em torno do “Fora Bolsonaro”

O “Fora Bolsonaro” ganhou as ruas do Brasil nos dias 29 de maio e 19 de junho. Após um período considerável de apatia do movimento de rua, é impossível não constatar o caráter de massa das manifestações contra o presidente. Uma ampla insatisfação acumulada e represada durante mais de um ano foi finalmente liberada, sendo possível afirmar que viveremos um período de constante mobilização de rua e polarização social, que deve se estender, no atual formato, no mínimo até as eleições de 2022. Diante disso, torna-se imperativo desvendar qual a natureza de classes e o conteúdo político em disputa nas mobilizações de rua e, diante disso, apontar a mais exata medida da tática dos revolucionários neste processo.

Privatização da Eletrobras

Enquanto todos os olhares estavam voltados para a CPI da Covid-19, outra movimentação determinante ocorria no Senado. No último dia 17 de junho, por 42 votos favoráveis e 37 contrários, o Senado aprovou a Medida Provisória MP 1.031 que abre portas para a privatização da Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras. Trata-se de empresa idealizada em… Continuar lendo Privatização da Eletrobras

Desemprego: Atividade essencial

O IBGE divulgou na última semana dois dados aparentemente contraditórios, mas que dizem muito sobre as tendências recentes do capitalismo brasileiro. Primeiro, veio a estatística oficial de desemprego, que aumentou em 2 milhões no último ano, já totalizando quase 15 milhões de pessoas. Dias depois, veio a público a sagrada estatística do PIB, que cresceu 1% na comparação com o mesmo período do ano passado, assinalando a retomada da normalidade para a acumulação do capital no país.

Conjuntura Brasileira

O aprofundamento do abismo social é a faceta mais evidente que emerge da dinâmica da crise capitalista global no Brasil. O país atualmente conta com quase 38 milhões de subocupados (em torno de 15 milhões de desempregados; e quase 6 milhões de pessoas que deixaram de procurar emprego diante do desanimo acumulado após anos sem colocação no mercado de trabalho). Mesmo para os que permanecem ocupados, ampliam-se os empregos de baixa remuneração, desprotegidos de qualquer legislação trabalhista e social, onde a população brasileira empobrece à olhos vistos.

A Crise Capitalista

A pandemia de Covid-19 acentuou um sintoma predominante em parte significativa da intelectualidade brasileira de esquerda: a ausência de uma análise dos movimentos de acumulação global de capital. Muitas pessoas assumiram a versão burguesa de que estamos vivendo uma “crise econômica provocada pelo novo coronavírus”, o que não é verdade caso se observe com atenção os ciclos do sistema capitalista.