A Centralidade do Trabalho vem a público declarar seu apoio, e adesão, à Chapa 3 nas eleições do DCE da UFPA, se juntando aos camaradas dos coletivos Rebeldia – Juventude da Revolução Socialista, e MSI – Movimento de Socialistas Independentes.
O modo oportunista como a eleição neste período para o Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFPA – Universidade Federal do Pará, vem sendo conduzida por sua Comissão Eleitoral, que, apesar de ter tomado posse no dia 24 de janeiro último, levou longos 23 dias para a publicação do Regimento Eleitoral, e o fez faltando apenas 3 dias para o encerramento do período de inscrições das chapas concorrentes, praticamente vetou a possibilidade do Rebeldia e do MSI de concorrerem à direção do DCE,
Parece razoável que para concorrer a uma representação junto à comunidade acadêmica de estudantes e servidores públicos, e à sociedade em geral, uma das obrigações tenha sido a das chapas reunirem 70 atestados de matrículas obtidos de 8 campi diferentes, à guisa de declarações de apoio, em apenas 3 dias? Na verdade, o que essa manobra e outras da Comissão Eleitoral expuseram foi uma séria ameaça ao direito democrático dos estudantes da UFPA de se organizarem dentro de suas possibilidades e ainda assim disputarem qualquer órgão estudantil em um mínimo pé de igualdade com seus adversários.
A Comissão Eleitoral, cuja própria razão de existir é orientar de forma séria a eleição para a direção do DCE, dá as costas para o direito de participação dos estudantes, ao sinalizar, através de sua conduta repleta de duplicidades, que ela pouco se importa em garantir a legalidade e transparência nos marcos de um processo eleitoral, contanto que seus interesses políticos particulares sejam atendidos. Quanto a isso, o corpo estudantil da UFPA tem por obrigação não permitir que seus direitos fundamentais, entre eles o de escolher quem os representa, fiquem à mercê da política rebaixada que no momento sequestrou o processo eleitoral para a direção do DCE.
Ainda mais grave, dada a atual conjuntura, em que assistimos a golpistas e reacionários de toda ordem se organizarem abertamente contra a classe trabalhadora, situação onde mais se exige uma unidade de ação para enfrentá-los, é ver esse processo reproduzir essa mesma lógica, na medida em que expressa desmandos e arbitrariedades que solapam o caráter democrático das eleições estudantis. Não são apenas o Rebeldia e o MSI que foram prejudicados pela burocratização estagnante da Comissão Eleitoral, e pelo silêncio conivente das chapas homologadas diante da mesma, mas os estudantes como um todo sofreram um golpe que visa reduzi-los apenas a uma massa eleitoral manipulável e dócil.
Essa condição em que se encontra a luta estudantil na UFPA precisa ser debatida a fundo. É diante desse cenário que a Centralidade do Trabalho oferece seu apoio à resolução do Rebeldia e do MSI para nesse momento se colocarem diante da consciência estudantil como CHAPA 3 DCE UFPA, expressão de denúncia e alternativa aos entraves burocráticos de uma eleição que se prova viciada em si mesma, na continuidade de representações que reproduzem as operações de nossos inimigos de classe. Nos somamos à CHAPA 3 nessa luta para que a vida estudantil não seja vilipendiada de maneira tão vergonhosa, e de forma fraterna convocamos a estudantada da UFPA e demais universidades e institutos, herdeiros que são de larga tradição crítica e combativa, a não serem passivos na disputa pelo próprio futuro.
Salvas para a Chapa 3!
Salvas para o Movimento Estudantil organizado na luta!
